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Como transformar uma ideia em software: da demanda à entrega do MVP com Product Discovery

A maioria dos projetos de software não fracassa por limitações técnicas, mas por não compreender realmente o que o cliente ou o usuário precisa. Antes mesmo de escrever a primeira linha de código, é necessário mergulhar a fundo na dor, nos objetivos e no contexto da solução.

É aí que entra o Product Discovery, uma abordagem estratégica que assegura que estamos construindo o produto certo, antes de apenas fazê-lo da forma correta.

Neste artigo, explico como transformar uma demanda em uma proposta comercial robusta e dar os primeiros passos para o desenvolvimento de um software de sucesso.

 

Para começar, o que é Product Discovery?

Trata-se de um processo estruturado para entender profundamente quem são os usuários, quais problemas eles enfrentam de verdade, que soluções fazem sentido para eles e o que deve ser priorizado. Esse método tira o time do mundo das suposições e os coloca em um caminho orientado por dados, empatia e validações contínuas.

 

Etapas fundamentais do processo – da escuta ao MVP

  1. Alinhamento inicial
    Tudo começa com conversas sinceras: quais são os objetivos do cliente? Qual problema ele quer resolver? E qual resultado espera alcançar? Esse diálogo envolve todos os stakeholders e ajuda a mapear hipóteses e restrições desde o início. 
  2. Pesquisa e análise
    Antes de elaborar qualquer proposta, é fundamental entrevistar usuários ou potenciais clientes, analisar dados de uso quando disponíveis, estudar concorrentes e referências de mercado, além de mapear personas e fluxos. 
  3. Ideação
    Neste momento, surgem as primeiras ideias: wireframes, fluxos visuais, protótipos de baixa fidelidade, todos com foco em apresentar o que pode ser entregue primeiro e qual o caminho que oferece mais impacto. 
  4. Validação
    As ideias precisam ser testadas antes de virar código. Apresentar protótipos a usuários reais, colher feedback e avaliar a aceitação e os riscos são passos fundamentais. 
  5. Definição do Produto Mínimo Viável (MVP)
    É a menor versão funcional que entrega valor ao usuário, com o menor esforço possível. Nesse momento, a prioridade é resolver a principal dor, identificar o que é essencial para que o produto funcione e decidir o que pode ficar para futuras versões.

 

Estruturando uma proposta comercial alinhada com o Discovery

Com base no processo de Discovery, desenvolve-se uma proposta clara, técnica e orientada ao valor. Nela deve conter o escopo, o MVP definido, o cronograma e roadmap, a equipe necessária, a metodologia de trabalho (como Scrum ou Kanban), os critérios de sucesso e, por fim, as condições comerciais.

 

A jornada: Evolução contínua após o MVP

Vale enfatizar que o MVP não é o fim, e sim o ponto de partida. Sendo assim, a seguir, monitora-se o uso do produto, entrevista-se usuários, corrige-se falhas e itera-se com base no que funciona de verdade.

É esse ciclo constante que valida hipóteses rapidamente, ajusta o produto ao mercado e previne desperdícios de tempo e recursos.

 

Ferramentas e práticas recomendadas

No decorrer de todo esse processo, algumas ferramentas e abordagens se mostram bastante eficazes. Vale a pena conhecer e usá-las:

  • Design Thinking e Mapas de Empatia ajudam a entender o usuário profundamente. 
  • Lean Inception é útil para alinhar o time com o objetivo do MVP. 
  • Para prototipação rápida, Figma e Whimsical são excelentes aliados. 
  • Ferramentas de organização e aprendizado como Notion, ClickUp ou Trello ajudam na gestão do processo. 
  • E na execução, metodologias ágeis como Scrum ou Kanban, junto a um fluxo de feedback contínuo (entrevistas curtas, surveys ou testes moderados), garantem foco e adaptação constantes.

 

Conclusão

Antes de pensar em escrever código, reflita: você está agregando valor real ao cliente? Antes de apresentar uma proposta comercial, busque clareza sobre o problema e o impacto esperado.

Quem entende a dor, propõe com confiança. Quem valida ideias antes de desenvolver, economiza tempo, dinheiro e reputação.

Nesse processo, não estamos apenas criando software. Estamos desenhando soluções que realmente funcionam na vida real.

 

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