A tecnologia da informação deixou de ser apenas suporte para se tornar elemento central do sucesso de qualquer negócio. Em um estudo recente, 70% dos CEOs afirmam que “a TI se tornou fundamental para o sucesso do negócio”, mas apenas 30% das empresas se consideram com um alto nível de maturidade de TI. Essa disparidade revela uma lacuna grave: o reconhecimento da importância existe, mas a maturidade real não.
Por que isso importa?
Quando os líderes empresariais reconhecem que a TI é crítica, esperamos que os investimentos, governança, processos e cultura deem esse reconhecimento em forma de maturidade: sistemas que funcionam, arquitetura que suporta inovação, equipes alinhadas, riscos controlados, resultados mensuráveis. Mas quando apenas cerca de 3 em cada 10 empresas consideram ter esse nível elevado de maturidade, temos dois problemas centrais:
- Discordância entre intenção e realidade O “sim” ao papel estratégico da TI está dado, pois 70% de CEOs reconhecem. Mas esse “sim” ainda se traduz muito pouco em transformação real. É como admitir que o carro é vital para a jornada, mas dirigir com pneus carecas e sem farol.
- Risco elevado para quem não evoluir Empresas com baixo nível de maturidade de TI ficam vulneráveis: a inovação demora, a manutenção consome recursos, a segurança anda como segundo plano, e o crescimento é limitado. Em um mundo cada vez mais digital, essas empresas estão em desvantagem competitiva.
A lacuna em números no dia a dia
Para entender melhor, vamos “traduzir” os percentuais em contexto prático: imagine 10 empresas. Em 7 delas o CEO diz que “TI é fundamental”. Mas dessas 7, apenas 2 realmente se consideram maduras de TI. Ou seja: em pelo menos 5 empresas há consciência da importância da TI mas sem maturidade correspondente. Isso representa risco estratégico.
Do ponto de vista operacional, vemos sinais:
- Processos de TI ainda desintegrados com o negócio.
- Projetos de TI entregues atrasados ou com resultados abaixo do esperado.
- Governança deficiente ou inexistente para garantir que TI entregue valor e mitigará riscos.
- Dificuldade para escalar ambientes, integrar nuvem, DevOps, automação.
- Falta de métricas claras que demonstrem que a TI “matura” está gerando resultados.
O que significa “maturidade de TI”?
Maturidade de TI não é apenas “ter muitos sistemas” ou “usar nuvem”. É um estado onde a TI:
- Está alinhada à estratégia do negócio, não como fornecedor, mas como habilitadora.
- Possui processos, governança, indicadores, políticas que asseguram continuidade, risco e eficiência.
- Permite inovação, automação, escalabilidade, reutilização, não apenas manutenção.
- Consegue medir e demonstrar valor: custo, agilidade, digitalização, experiência do cliente.
- Tem cultura de melhoria contínua, equipes capacitadas, papel claro dentro da empresa.
Logo, dizer que apenas 30% das empresas se consideram “com um alto nível de maturidade” significa que 70% ainda estão num nível em que TI funciona, mas não se posiciona como alavanca estratégica real.
Quais os riscos de não fechar a lacuna?
- Perda de competitividade Em mercados mais ágeis, quem tem TI madura consegue reagir mais rápido a mudanças, explorar novas oportunidades, ajustar modelo de negócios. Quem tarda, perde terreno.
- Escalabilidade comprometida Se TI não consegue entregar com consistência, escalar operações ou adotar novos modelos (nuvem + serviços + automações) será lento, caro e arriscado.
- Maior exposição a falhas, riscos e desperdícios Sistemas desatualizados, processos manuais, governança fraca, tudo isso aumenta risco de segurança, compliance, falhas operacionais ou simplesmente desperdício de recursos.
- Custo de oportunidade elevado Reconhecer que TI importa mas não maturar significa gastar energia em correções, manutenção, apagando incêndios, em vez de investir em inovação e crescimento.
O que fazer para sair da zona de “importante, mas imatura”?
Aqui algumas diretrizes práticas:
- Avaliação realista de maturidade: Comece com uma análise franca: onde está a TI hoje? Quais processos existem? Qual o nível de alinhamento com o negócio? Quais indicadores medem valor?
- Definir roadmap de evolução: Não basta “querer maturidade”. Precisa de metas, iniciativas, governança, patrocínio executivo, pessoas, cultura.
- Alinhar TI à estratégia do negócio: A TI deve ser parte integrante da estratégia. O que o negócio precisa entregar e como a TI pode habilitar, qual é o papel da tecnologia.
- Focar em processos, não apenas em ferramentas: Tecnologia é um facilitador, mas sem processos, governança, cultura, não se transforma.
- Medir e ajustar: Estabelecer métricas de maturidade, KPIs, indicadores de valor e então usar esses dados para ajustar e melhorar.
- Mudar cultura e capacitar equipe: TI madura exige times que entendem negócio, tecnologia, processos; exige colaboração entre TI e demais áreas.
- Governança e risco sob controle: Maturidade exige que riscos tecnológicos, operacionais, de segurança sejam gerenciados e integrados no nível executivo.
Em resumo
Reconhecer que a TI é fundamental, como fazem 70% dos CEOs, é apenas o primeiro passo. O segundo passo é transformar esse reconhecimento em maturidade: processos sólidos, alinhamento com o negócio, resultados tangíveis. Quando apenas 30% das empresas consideram ter esse nível elevado de maturidade, temos um alerta claro: a maioria das organizações corre o risco de ficar para trás.
Fechar essa lacuna exige vontade, liderança, visão e execução, não basta intenção. Para empresas como a sua, que desejam transformar ideias em inovação, o desafio é grande, mas a oportunidade também é imensa. A TI não é apenas arrimo: é alavanca. E, maturidade de TI é o caminho entre o hoje e o futuro competitivo.
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